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terça-feira, 16 de novembro de 2010














Mundo velho está perdido, já não endereita mais
Os filhos de hoje em dia já não obedece os pais
É o começo do fim , já estou vendo sinais
Metade da mocidade estão virando marginais
É um bando de serpente
Os mocinhos vão na frente, as mocinhas vão atrás...
Pobre pai e pobre mãe, Morrendo de trabalhar
Deixa o coro no serviço pra fazer filho estudar
Compra carro a prestação para o filho passear
Os filhos vivem rodando fazendo pneu cantar.
Ouvi um filho dizer o meu pai tem que gemer, não mandei ninguém casar,
O filho parece rei, filha parece rainha
Eles que mandam na casa e ninguém tira farinha
Manda a mãe calar a boca, coitada fica quietinha
O pai é um zero à esquerda, é um trem fora da linha
Cantando agora eu falo: Terrero que não tem galo quem canta é frango e
franguinha.
Pra ver a filha formada um grande amigo meu,
O pão que o diabo amassou o pobre homem comeu,
Quando a filha se formou foi só desgosto que deu,
Ela disse assim pro pai: "quem vai embora sou eu"
Pobre pai banhado em pranto, o seu desgosto foi tanto
que o pobre velho morreu...
Meu mestre é Deus nas alturas, o mundo é meu colégio
Eu sei criticar cantando: Deus me deu o privilégio,
Mato a cobra e mostro o pau, eu mato e não apedrejo
Dragão de sete cabeças também mato e não alejo
Estamos no fim do respeito
Mundo velho não tem jeito, a vaca já foi pro brejo.

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