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quinta-feira, 29 de julho de 2010

Chuva


Era noite. Com veneno saindo dos lábios, disseram: "O que você procura não existe". Nesse momento uma tempestade de pensamentos me inundou. Diga por você, não me inclua nisso. Opa. Será mesmo que não existe?

"Você espera demais do outro". Nossa, por essa eu não esperava. Comecei a fazer uma retrospectiva. É, eu esperava muito.

"Sua inteligência assusta, te deixa inacessível". Ham? Eu não sou assim. Caramba não me considero assim, mas assusta?

"O tempo passou, você mudou o cabelo, e continua a mesma". Meu cabelo não tem nada a ver com a história. Continuo a mesma, isso não é bom? Quer dizer, eu mudei sim. Ás vezes, a ignorância cega as pessoas.

"Ficará sozinha se não mudar". Agora apelei. Senti o sangue indo pro meu rosto, acho que estava vermelha de raiva. A tempestade continuou me inundando. Mas a única coisa que consegui falar foi: 'Acho que tem alguém me chamando...Oi!'. Olhei pra trás, e quase cambaleei com meu salto na escada. Fugi. Antes que tomasse coragem pra dizer o que a tempestade me mandava falar. Proibido pra menores. Uma chuva de coisas que prefiro nao dizer. Sou elegante. Me arrumei no salto, olhei pra frente, e me cobri com um guarda-chuva, que também pode ser chamado de esquecimento-precoce-de-gente-que-não-interessa. Me proteger, antes que outra chuva, me atinja. Paciência tem limite, fim.



(Lorrayne Nascimento)

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