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quinta-feira, 26 de agosto de 2010

De Volta,



Amor,


Nunca o compreendi. E sinceramente não espero que isso aconteça. Qual é a beleza de esperar algo que já se conhece? Qual é alívio de ver quem se gostaria, se já soubesse quem viria? Surpresa. Inesperado. Calor. Batimentos. Coração. Amor.


Não acredito que seja deste mundo, e que exista com tanta agressividade. Mas as provas me abatem, me cegam, e me dizem que sempre tô errada, e que a culpa é sempre minha. Que seja então. Não me farei em pedaços pra você juntar, porque meus cacos foram levados pelo vento lá fora, e já não sei onde foram parar. Deixe-me. Pode ir. Sua felicidade está onde ele estiver. Ele. Ele. O amor. Que não sou eu. Que não faz parte de mim. Não sou eu quem te cega, quem te deixa tonto com os cílios, que te enfraquece, que te arrasta. Então que seja como for pra ser. Mas que seja longe de mim. Porque é você que me enfraquece, que deixa tonta, que me diz o que não quero ouvir, que me mostra o que não quero ver, que me arrasta. Já não sei mais do que se trata. Amor? Não mais. Incômodo. Esse tipo de coisa que só a distância e o tempo cura. Ah, o tempo! Capaz de fazer as proezas mais improváveis, as mais indecifráveis. Capaz de me juntar, me refazer, como está fazendo agora. Já sinto novamente meus pés. Já sinto novamente a brisa leve no meu rosto, uma brisa com cheiro de esperança, que me sinaliza com sinais vermelhos tudo o que está em minha volta. Que me diz: Volta. E seja você. Onde está você?






L.


3 comentários:

  1. Tão real.
    ;/
    Parabéns mais uma vez aí.

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  2. Lindo...Escreve muito bem, visualizei tudo o que vc escreveu ai. Parabéns pelo texto!

    ' Glenda Barros


    Ps. Estou seguindo o blog

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  3. =)
    Oi Glenda, seja bem Vinda ao Mundo de Questoes.
    Obrigada.
    Que bom que gostou, escrevo com o coração.
    um bjuh.

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