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domingo, 18 de agosto de 2013

Nós bebemos demais, gastamos sem critérios.


Nós bebemos demais, gastamos sem critérios. Dirigimos rápido demais, ficamos acordados até muito mais tarde, acordamos muito cansados, lemos muito pouco, assistimos TV demais e raramente estamos com Deus. Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores. Nós falamos demais, amamos raramente, odiamos frequentemente. Fomos e voltamos a lua mas temos dificuldade em cruzar a rua e encontrar um novo vizinho. Conquistamos o espaço, mas não o nosso próprio. Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores. Limpamos o ar, mas poluímos a alma, dominamos o átomo, mas não o nosso preconceito, escrevemos mais, aprendemos menos, planejamos mais mas realizamos menos. Aprendemos a nos apressar e não a esperar. Construímos  mais computadores para armazenar mais informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos comunicamos cada vez menos. Estamos na era do Fast-Food e da digestão lenta, do homem grande de caráter pequeno, lucros acentuados e relações vazias. Essa é a era de
dois empregos, vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados. Essa é a era das viagens rápidas, fraldas e moral descartáveis, das rapidinhas, dos cérebros ocos e das pílulas mágicas. Um momento de muita coisa da vitrine e muito pouca na dispensa. Uma era que leva essa carta a você e uma era que te permite dividir essa reflexão ou simplesmente clicar em "deletar". Lembre-se de passar tempo com as pessoas que ama, pois elas não estaram aqui para sempre. Lembre-se de dizer: "Eu te amo" à sua companheira(o) e às pessoas que ama, mas em primeiro lugar se ame, se ame muito. Um beijo e um abraço curam a dor quando vêm de lá de dentro. Por isso valorize sua família e as pessoas que estão ao seu lado sempre.

George Carlin



Samuel S.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

 

"Numa noite, zapeando a TV, deparei-me com uma voz. A voz era uma mulher... Que coisa linda aquela voz forte e diferente. A beleza era a voz sem enfeites ou voz, olhei para o seu rosto e seus cabelos (exagerada a maquiagem e cabelos volumosos e escuros). Mas, eu só “via” a voz. Peguei o finalzinho do show. A vontade era ter de imediato um CD, um DVD. “Quem era ela?” Amy Winehouse! Isso foi há dois anos e meio. Fiquei encantado, mas não acompanhei mais.
            Tempo depois, novamente me encontrei com a cantora de nome difícil de pronunciar. A notícia, agora, ligava sua voz à desfiguração de seu corpo, aos escândalos de sua vida pessoal desregrada, à dependência do álcool e do crack, ao seu namoro conturbado e polêmico com algum artista.
            Fiquei muito triste e chocado pelas imagens; não teve como não pensar nos filhos de Bethânia. Pensei no talento daquela moça, na riqueza de sua voz poderosa, em toda fama e dinheiro, pensei na família dela... Ela tinha tudo para dar
            Certo! Não sei...Talvez não... O que aconteceu? Não a vejo diferente dos nossos filhos de Bethânia.
            Talvez fosse uma “pobre jovem” igual a milhares, milhões de filhos e filhas perdidos de suas famílias, meninas e meninos perdidos no vazio de sentido, desorientados por uma sociedade que cria os seus mitos e ídolos, seus derrotados e desacreditados, seus compulsivos consumidores, seus filhos inseguros e medrosos quanto ao futuro, seus jovens alienados pela dependência química...
            A sua música mais reconhecida e premiada (REHAB, Reabilitação), cantada por adolescentes e jovens, gente dependente química, talvez tenha se tornado o grande hino do “NÃO” à esperança e ao sonho, e um SIM ao erro de querer e conseguir sozinho na luta contra as drogas. “Tentaram me mandar pra reabilitação. Eu disse: "não! Não! Não... E mesmo meu pai pensando que eu estou bem, ele tentou me mandar pra reabilitação, mas eu não vou! Não vou! Não vou!"
            Um produtor musical fez uma crítica direta e emblemática: “... Vimos a vergonha e a tristeza de uma tragédia assistida e festejada por milhares de pessoas, especialmente jovens...”. Ele falava de um show dela em Florianópolis, SC, em que a cada intervalo que a cantora se abaixava para tomar uma dose de bebida alcoólica, a platéia delirava e batia palmas.
            Como é triste a celebração da decadência e da fragilização da pessoa humana. O meu sentimento é de tristeza mesmo – era uma Filha de Bethânia. “Não conseguimos! Não deu tempo! Perdemos mais uma filha!”. E, talvez digam que “ela não quis”, ou que “preferiu a vida boa”. Talvez digam que “era uma fracassada, uma coitada”?
            Quantos bateram palmas ante sua loucura performática e irreverente? Quantos agora derramam lágrimas e hipocritamente pegam versos de suas canções para dizer que Amy permanecerá eterna? Mentira. A verdade é nua e crua: não há beleza ou glamour em um corpo comido e corroído pelo álcool e pelo crack ou qualquer outra droga que seja! Testemunhamos naquela moça genial o que todo o dia acontece pelas cracolândias do Brasil e do mundo, no submundo da solidão das drogas e da prostituição.
            Ainda, no trecho da canção: “Eu não quero beber nunca mais. Eu só, só preciso de um amigo...”. Abraço, carinho, palavras bonitas, calor humano, a proteção familiar, é o que tem faltado pra tantos dos nossos filhos e filhas jogados fora todos os dias. O mundo está doente. O mundo precisa de abraço, de palavras fortes e cheias de amor humano. O mundo precisa de Deus e de pessoas que tenham coragem de cantar novos refrãos de esperança de vida verdadeira.
            O mundo precisa de Deus. O mundo precisa de pessoas que lutam todos os dias e não desistem. O mundo precisa de pouca coisa e que custa quase nada, é de graça. O mundo precisa de amor falado, repartido e celebrado. “O mundo precisa de novos refrãos de esperança de vida verdadeira!!!”"

Pe. André Luna, scj


Encontrei essa postagem por caso no site  http://www.mateusmf.com/, e concordo com o Pe. André Luna, aplaudimos o talento disperdiçado, e isso não pode mais acontecer.




 Lorrayne Nascimento.