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sábado, 31 de dezembro de 2011


Certa vez, minha mãe me contou uma história que eu sempre tento relembrar, pois ela pode mudar o jeito de viver das pessoas, leia com atenção, ela bem simples:
Certa noite escura, uma homem estava perdido numa floresta, corria desesperado, e só via árvores que lhe pareciam todas iguais, até que ouviu um barulho. O barulho era como patas de algum animal sobre as folhas secas, era assustador.. e começou a correr o mais rápido que podia, quando suas pernas não aguentavam mais... lhe faltou o chão. Ele caiu de um penhasco, escorregou, mais conseguiu se segurar em galhos de árvores das paredes do penhasco, conseguiu se apoiar e não sabia o que fazer, olhou para a cima e viu o tamanho do urso que lhe perseguia, se subisse com certeza era devorado. olhou pra baixo e não conseguia ver o chão pois o penhasco era muito alto. Desesperado, ele fechou os olhos e respirou bem fundo, nesse momento ele sentiu um cheiro doce, abriu os olhos e viu que eram morangos. O que fazer naquele momento? Sem alternativas para se salvar, a única alternativa que lhe sobrava era comer morangos, e assim o fez, comeu vários morangos se distraiu e acalmou o coração acelerado. O tempo passou, o urso desistiu de esperar, e ele pode subir e ficar a salvo.
Moral da historinha? Coma morangos! Quando a vida não lhe dá alternativas, e você pensa que tudo está perdido, é hora de aproveitar as pequenas coisas da vida que lhe dão prazer, vá ao cinema sozinho, sorvete na praça, e um lindo pôr-do-sol...
Que em 2012, a gente aprenda "a comer morangos", aprenda a aproveitar a vida com mais simplicidade e seja muito feliz.
Feliz Ano Novo, feliz ano todo.



Lorrayne Nascimento. (;

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

"Se você caminha por uma rua e ve uma rosa crescendo do concreto, mesmo se tiver petalas danificadas e tiver meia caida, você vai achar maravilhoso ver uma rosa crescer do concreto. É a mesma coisa quando você ve uma criança do gueto crescendo no meio das piores circunstâncias, e ele pode falar, ele pode sentar ao redor de uma mesa e fazer você chorar, fazer você rir, mas tudo que você consegue ver é a sujeira que caiu na minha rosa, meu caule sujo, e como sou meio torto, mas não percebe por tudo que passei até conseguir nascer do concreto."

2pac Shakur



Samuel S.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

O tempo - Mário Quintana


A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando de vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas...
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo...
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.
Mário Quintana

Costumo dizer que o natal é a época mais sensível do ano, e isso se comprova cada vez que vejo a família reunida, desejando coisas boas uns aos outros... é o tempo que a gente lembra da infância e da magia que essa data trazia pra aquela menina que acreditava, que o presente deixado no pé da arvore, tinha sido o velhinho que deixou lá..."como ele entrou mãe?" rsrs.
É a época, onde as pessoas parecem não ter diferenças, e celebram juntas uma mesma data, aí não existem times, não existem fronteiras. Unidade, é isso que torna essa data tão especial.
Celebrar a vinda do menino Jesus, aquele marca, que divide a história em antes e depois dele, é muito mais mais que dar presente, decorar tudo o que se vê pela frente, é transbordar amor sem limites, e passar o que há mais de singelo que você tem, para aqueles que te querem bem.
Feliz Natal, muita luz e paz.



Lorrayne N.

domingo, 18 de dezembro de 2011




Quão feliz é o destino de um inocente sem culpa.
Esquecendo o mundo e sendo por ele esquecido.
Brilho eterno de uma mente sem lembranças
Toda prece é ouvida, toda graça se alcança.

Alexander Pope


Filme: Brilho Eterno de Uma mente Sem Lembranças 
vale a pena conferir, tá na minha lista de favoritos! xD


Lorrayne N.

sábado, 17 de dezembro de 2011


"Somente depois da última árvore derrubada, depois do último animal extinto, e quando perceberem o último rio poluído, sem peixe, o homem irá ver que dinheiro não se come." (Provébio Indígena)

domingo, 11 de dezembro de 2011

Vende-se tudo



Vende-se Tudo
Martha Medeiros

No mural do colégio da minha filha encontrei um cartaz escrito por uma mãe, avisando que estava vendendo tudo o que ela tinha em casa, pois a família voltaria a morar nos Estados Unidos.
O cartaz dava o endereço do bazar e o horário de atendimento.
Uma outra mãe, ao meu lado, comentou:
- Que coisa triste ter que vender tudo que se tem.
- Não é não, respondi, já passei por isso e é uma lição de vida.

Morei uma época no Chile e, na hora de voltar ao Brasil, trouxe comigo apenas umas poucas gravuras, uns livros e uns tapetes.
O resto vendi tudo, e por tudo entenda-se: fogão, camas, louça, liquidificador, sala de jantar, aparelho de som, tudo o que compõe uma casa.
Como eu não conhecia muita gente na cidade, meu marido anunciou o bazar no seu local de trabalho e esperamos sentados que alguém aparecesse. Sentados no chão. O sofá foi o primeiro que se foi.
Às vezes o interfone tocava às 11 da noite e era alguém que tinha ouvido comentar que ali estava se vendendo uma estante. Eu convidava para subir e em dez minutos negociávamos um belo desconto. Além disso, eu sempre dava um abridor de vinho ou um saleiro de brinde, e lá se iam meus móveis e minhas bugigangas.
Um troço maluco: estranhos entravam na minha casa e desfalcavam o meu lar, que a cada dia ficava mais nu, mais sem alma.

No penúltimo dia, ficamos só com o colchão no chão, a geladeira e a tevê. No último, só com o colchão, que o zelador comprou e, compreensivo, topou esperar a gente ir embora antes de buscar. Ganhou de brinde os travesseiros..

Guardo esses últimos dias no Chile como o momento da minha vida em que aprendi a irrelevância de quase tudo o que é material.
Nunca mais me apeguei a nada que não tivesse valor afetivo.
Deixei de lado o zelo excessivo por coisas que foram feitas apenas para se usar, e não para se amar.

Hoje me desfaço com facilidade de objetos, enquanto que se torna cada vez mais difícil me afastar de pessoas que são ou foram importantes, não importa o tempo que estiveram presentes na minha vida...
Desejo para essa mulher que está vendendo suas coisas para voltar aos Estados Unidos a mesma emoção que tive na minha última noite no Chile. Dormimos no mesmo colchão, eu, meu marido e minha filha, que na época tinha 2 anos de idade. As roupas já estavam guardadas nas malas. Fazia muito frio. Ao acordarmos, uma vizinha simpática nos ofereceu o café da manhã, já que não tínhamos nem uma xícara em casa.

Fomos embora carregando apenas o que havíamos vivido, levando as emoções todas: nenhuma recordação foi vendida ou entregue como brinde. Não pagamos excesso de bagagem e chegamos aqui com outro tipo de leveza.

"Só possuímos na vida o que dela pudermos levar ao partir. Pense nisso!

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Geração coca-cola, geração cocaína, não temos heróis nas ruas, só temos heroínas! - Rapper Rashid.


Não seja mais um!

Samuel S.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011




"Mas sabe como é difícil encontrar, a palavra certa, a hora certa de voltar, a porta aberta, a hora certa de chegar." —




engenheiros que vieram do Hawaii'










Lorrayne N.



Impossivel enquadrar o que lateja, o que arde, o que grita dentro de nós.

Clarice Lispector




Lorrayne N.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Texto: Vista Cansada, de Otto Lara Rezende.


Se eu morrer, morre comigo um certo modo de ver, disse o poeta. Um poeta é só isso: o modo de ver.
O diabo é que de tanto ver, a gente banaliza o olhar. Vê não vendo.
Experimente pela primeira vez o que você vê todo dia, sem ver. Parece fácil, mas não é. O que nos cerca, o que nos é familiar, já não desperta curiosidade. O campo visual da nossa rotina é como um vazio.
Você saí todo dia, pór exemplo, pela mesma porta. Se alguém lhe perguntar o que você vê no seu cmainho, você não sabe. De tanto ver, você não vê.
Sei de um profissional que pasosu 32 anos a fio pelo mesmo hall do prédio do seu escritório. Lá estava sempre, pontualíssimo, o mesmo porteiro. Dava-lhe bom dias, às vezes lhe passava um recado ou uma correspondência. Um dia o porteiro cometeu a descortesia de falecer. Como ele era? Sua cara? Sua voz ? Como se vestia ?
Não fazia a menor idéia. Em 32 anos, nunca o viu. Para ser notado, o porteiro teve de morrer. Se um dia no seu lugar estivesse uma girafa, cumprindo o rito, pode ser que também ninguém desse por sua ausência.
O hábito suja os olhos e lhes baixa a voltagem. Mas há sempre o que ver: gente, coisa, bichos. E vemos? Não, não vemos!
Uma criança vê o que o adulto não vê. Tem olhos atentos e limpos para o espetáculo do mundo.

"O poeta é capaz de ver pela primeira vez o que, de tão visto, ninguém vê.
Há pai que nunca viu o próprio filho. Marido que nunca viu a própria mulher, isso existe as pampas."

Nossos olhos se gastam no dia-a-dia, ficam opacos. É por aí que se instala no coração o monstro da indiferença.

Texto: Visita Cansada, de Otto Lara Rezende.