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terça-feira, 23 de novembro de 2010

Pedro Zé, Um Nordestino.














Lá vem Pedro Zé, lá vem Pedro Zé
Um nordestino, pobre de menino
Filho do sertão
Trazendo no peito a dor,
A mágoa viva
Fruto de uma civilização
Nas mãos todo ódio de um mundo
Que o traiu pela injustiça e solidão

Mas não tem problema moço não
Eu sou um cabra maço sim senhor
E não é tão fácil me vencer
Conheço os mistérios de uma flor

Lá vem Pedro Zé
Chegando na tal cidade grande
Berço de toda injustiça social
E ele só queria uma saída
Apenas uma chance para trabalhar
Sou homem de bem
De uma família que é humilde
Mas que tem no coração
A vontade de ajudar

E quando a fome me abateu
E o desespero me alcançou
Fui a uma Igreja recorrer
E um homem pra mim falou

Que que há rapaz?
Você tá de porre,
Sai pra lá seu vagabundo
Você pode trabalhar
Em lugar de "santos"
Você não pode entrar bêbado
E não pode nem fumar
E quer saber mais vai dando
O fora rapidinho
Que se não vou te expulsar

Então Pedro Zé saiu de lá
E pela primeira vez chorou
Não tinha vontade de viver
E aí foi que ele planejou

Eu vou me matar
Sou um pobre coitado
To cheirando um mal danado
E não tenho onde ficar
Mas juro a vocês,
Que lá no fundo do meu peito,
Eu só queria era aguentar
Meus Deus me perdoe
Sei que é pecado de morte
Mas não vou continuar

Aí eu pergunto a vocês
Por que é difícil se amar ?
Por que é difícil se ajudar ?
Por que tanto mal existe aqui ?
O que foi deixado para nós ?
Amai-vos como eu vos amei
Por que não lutamos pelo bem ?
Qual é o sentido de viver ?

Mas Deus sabe tudo que ele faz
E não deixaria isso assim
Pobre Pedro Zé homem bom
Nunca merecia esse fim
Não é que dentro da igrejinha
Três pessoas ouviram ele falar
E o seguiram a noite inteirinha
Com muita vontade de ajudar

Pedro Zé foi para a ponte Rio-Niterói
E dali só queria se atirar
Mas três vozes
Gritaram com emoção
Não se atire não, Deus te ama Zé
Nós viemos aqui para te levar

Pedro Zé escutou no seu coração
Que a bondade
É maior do que o mal que há
A Jesus aceitou e correu feliz
Vou pra minha terra quero ver Maria
E com ela eu quero me casar

Lá vai Pedro Zé, boa sorte Zé
Deus te ama Zé, não se esquece não Zé

Música: Pedro Zé, um Nordestino.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010


Já não sei mais, até que ponto estou falando de mim ou de você. E isso me assusta profundamente, isso tudo é tão inconstante. Você pensa em mim o tanto que eu penso em você? Eu me atrevo em responder. Não, você não pensa assim. Fechei. Fechei pra balanço. Sem data pra voltar a rotina. E que rotina? Não, melhor...sem data pra voltar. Cansada dos mesmos conselhos, cansada da mesma voz, cansei de você. Cansei de pensar que você está aí, cansei de pensar no que você quiz dizer...

Quero paz. Tenho tanta coisa pra fazer... e não consigo fazer nem metade. Os dias são longos e exaustivos, as noites são curtas e turbulentas. Não consigo. O cansaço me venceu. Durmi pensando até quando vou conseguir viver assim. Preciso de férias. Férias de mim. Cansei. Desta vez, somente desta vez vou desistir, e deixar que a chuva me leve.

Já me sinto bem melhor agora, mais leve talvez.






Ao som da música "So Beautiful" de Pete Murray, da série One tree Hill, minha preferida.

terça-feira, 16 de novembro de 2010














Mundo velho está perdido, já não endereita mais
Os filhos de hoje em dia já não obedece os pais
É o começo do fim , já estou vendo sinais
Metade da mocidade estão virando marginais
É um bando de serpente
Os mocinhos vão na frente, as mocinhas vão atrás...
Pobre pai e pobre mãe, Morrendo de trabalhar
Deixa o coro no serviço pra fazer filho estudar
Compra carro a prestação para o filho passear
Os filhos vivem rodando fazendo pneu cantar.
Ouvi um filho dizer o meu pai tem que gemer, não mandei ninguém casar,
O filho parece rei, filha parece rainha
Eles que mandam na casa e ninguém tira farinha
Manda a mãe calar a boca, coitada fica quietinha
O pai é um zero à esquerda, é um trem fora da linha
Cantando agora eu falo: Terrero que não tem galo quem canta é frango e
franguinha.
Pra ver a filha formada um grande amigo meu,
O pão que o diabo amassou o pobre homem comeu,
Quando a filha se formou foi só desgosto que deu,
Ela disse assim pro pai: "quem vai embora sou eu"
Pobre pai banhado em pranto, o seu desgosto foi tanto
que o pobre velho morreu...
Meu mestre é Deus nas alturas, o mundo é meu colégio
Eu sei criticar cantando: Deus me deu o privilégio,
Mato a cobra e mostro o pau, eu mato e não apedrejo
Dragão de sete cabeças também mato e não alejo
Estamos no fim do respeito
Mundo velho não tem jeito, a vaca já foi pro brejo.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Marketing - Metal Sinter

Durante nossa vida aprendemos a valorizar algumas coisas que não são fundamentais:
materialismo, budismo, poder, status e coisas desse tipo são o que importa pra sociedade por isso vamos convocá-lo para uma revolução! Vamos renovar a espécie humana, vamos investir na alma, resgatar não só a natureza, mas o natural, vamos vender mais paz, não filtrar as emoções, coalhecer a inveja, contabilizar as boas relações, reciclar as relações ruins, reatar as velhas amizades, equipe o prazer, trabalhe a perseverança, vença o cansaço, faça a diferença sem precisar de propaganda, resolva tudo sem alarde, use o marketing da sinceridade cobre o profissionalismo de todos, inclusive daqueles que você elegeu. Vamos maximizar a energia, preservar os recursos, tratar a agua pois ela é a nossa fonte de vida, e como o ar também é um meio de vida, vamos ser transparêntes. Renove o estoque de sorrisos, canalize os bons pensamentos, use o marketing do amor, abrace mais, beije seus amores, relembre o quanto os ama, e com a mesma força diga não ao racismo a intolerância, a discriminação. Seja saudável! Inclusive nas atitudes, dê bons exemplos, diga a verdade principalmente as crianças para que elas cresçam sabendo acreditar, crie seus filhos como cidadãos do mundo. Cultive Deus, e viva na razão da emoção, lutando pela felicidade plena por um futuro melhor, e agradeça sempre por estar nesse mundo.

Propaganda Metal Sinter









Ontem

Passado. Aquele negócio que você olha pra traz e fala “Nossa... olha o que eu tava fazendo”. Normal. Todo mundo já pensou assim. Apesar de poucos admitirem isso. Mas não importa, passado todo mundo tem, e isso não muda.

O que o passado nos desperta, é que é perigo. Pode despertar sentimentos bonitos que já foram vividos, ou reabrir feridas antes esquecidas, e isso sim, meus queridos, dói. Somos a construção de um passado, o que vivemos nos torna, nos forma, nos molda. Você é hoje o que viveu e aprendeu ou errou sua vida, sua história, suas marcas, foram construídas por você mesmo, “és responsável por aquilo que cativas”. O que me intriga e me revolta ao mesmo tempo, é a falta de personalidade de assumir o que é, ou que foi, e admitir que mudou, e que as mudanças são necessárias, não somos estáveis, não sou a mesma de ontem e não serei a mesma amanhã. É natural, é humano.

Tento valorizar meu passado, e rir de todas as bobagens que fiz, afinal não posso mudá-lo. Esse passado que hoje amadureceu e se tornou o que sou, me fez ter os amigos que tenho, os sonhos que tenho, os desafios que virão. Não vou mentir, existem coisas que não gosto nem de lembrar... Valorizar o passado não quer dizer ser sadomazoquista e chorar todas as mágoas passadas, valorizar o passado, é não sentir vergonha dele, e saber que hoje, tu és soma, resultado, conquista.

Não me considero vítima do tempo, sou mais uma passageira e vou com ele sem exitar.

L.N.